Economia Slideshow — 29 junho 2013

Ficando apenas atrás da Airbus e da Boeing, a Embraer detêm uma posição invejável entre as multinacionais no mundo da aviação.

(Por/J.Coutinho)

中国制造Made in China – Embraer produzido na China deve ficar pronto em 2014 EMBRAER_195

A terceira maior fabricante de aviões do mundo

Certamente, você já ouviu falar da Embraer. Mas, muito provavelmente, você não tem a dimensão exata do que ela representa no mercado de aviação mundial e, mesmo na economia brasileira. Muitas pessoas já ouviram falar na Embraer, porém não tem noção da dimensão que é essa empresa 100% Brasileira; se bem, que há componentes das aeronaves fabricadas em outros países, o que é muito normal e comercialmente salutar.                                                                                                                                                                        Reconhecidamente uma das melhores empresas no ramo de aeronaves porte médio, para uso civil e militar, a Embraer dentro em breve deverá produzir aviões além dos tradicionais.

Essa empresa brasileira, que já é a terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo, atrás apenas  Boeing e Airbus. A Embraer é, também, a terceira empresa nacional que mais exporta, tendo contribuído no ano passado com US$ 1,5 bi fortalecendo nossa balança comercial.

Na década de 50, no CTA – Centro Técnico Aeroespacial e do Instituto Tecnológico da Aeronáutica, a Embraer foi fundada em 19 de agosto de 1969, a finalidade era a fabricação em série e a comercialização do avião Bandeirante, desenvolvido pelo CTA e pelo ITA, com o apoio e investimento do governo federal.
Privatizada em1994, quando foi privatizada. Até então, desenvolveu projetos interessantes, que atendiam a algumas demandas nacionais e que foram consolidando seu corpo técnico. Entre esses projetos, além do Bandeirante, teve o Xavante, um jato de treinamento militar; o Ipanema, uma aeronave agrícola, e o Xingu, um avião pressurizado, de uso militar, com excelente aceitação internacional. A Força Aérea Francesa, por exemplo, estendeu o uso de Xingu no treinamento de pilotos até 2025, o que fará do modelo um recordista em operação contínua: 42 anos de uso consecutivo.
Depois vieram projetos como o Tucano, para treinamento militar, o caça bombardeiro subsônico AMX e o Brasília, para vôos regionais.

No entanto, o grande marco para a Embraer ocorreu em 7 de dezembro de 1994, dia em que ocorreu a sua privatização, palavra endemonizada por certos círculos políticos – pelo menos, no discurso – mas que provou, na prática, ser a saída, ou melhor, a entrada no mundo, para empresas estatais, em áreas de grande tecnologia.
Os números, os produtos, o desempenho, e os mercados atendidos, atualmente, pela Embraer, se constituem num dos melhores exemplos do que a privatização pode fazer em setores de ponta da economia.

Vamos a alguns números. Apesar de todo o esforço e qualidade de seu quadro técnico, até 1994 a Embraer faturava menos de meio bilhão de dólares, com seus 6.087 funcionários. Passados 15 anos de controle privado, a empresa faturou US$ 5,4 bilhões, em 2009. Dez vezes mais faturamento e 10.800 novos postos de trabalho. De uma mera desenvolvedora de projetos para o governo, a empresa passou a ser a terceira maior fabricante de aviões comerciais do planeta. Já produziu mais de 1.100 jatos, que atendem a 56 companhias aéreas, em 39 países.

A cada 15 segundos, um avião Embraer levanta vôo, no mundo.
A empresa atua em três grandes mercados: aviação comercial, aviação executiva e mercado de defesa. Até a sua privatização, era conhecida pelos seus aviões militares, hoje, no entanto, além de empresas aéreas como KLM, Japan Air Lines, Blue Jet, Swissair, Delta, Continental e America Air Lines, o nome Embraer é conhecido e valorizado por milionários de todos os continentes, por conta de sua linha de jatos executivos. Você sabia, por exemplo, que a Embraer fabrica jatos luxuosos para até 19 passageiros? Alguns sheiks árabes sabem e se prontificam a pagar US$ 50 milhões por um Lineage 1000, a estrela mais fulgurante do portfólio da empresa, que já detém 15% desse mercado e tem como plano se transformar, nos próximos cinco anos, na maior fabricante de jatos executivos do mundo.
 A Embraer tem sua sede na progressista e simpática São José dos Campos, mas possui, ainda, fábricas e escritórios em mais quatro cidades do interior paulista, quatro unidades nos EUA, duas na França, duas em Portugal, duas na China e uma em Singapura. É uma das maiores multinacionais brasileiras e, por incrível que possa parecer, muito pouco conhecida dos brasileiros. Isso tem duas explicações. Uma de ordem mercadológica: o Brasil responde por apenas 11% do faturamento da empresa. Com o início de operação das companhias Azul e Trip, no ano passado, os brasileiros passaram a ter um convívio mais de perto com os E-Jets, produzidos pela Embraer. Os maiores mercados da companhia estão na Europa (32%), EUA (23%) e Ásia/Pacífico (21%).

A nossa Embraer definitivamente estará entre as gigantes da aviação mundial, há muitos estrangeiros que voam  confortavelmente nos aviões da Embraer, mas nem imaginam que são Made in Brazil – acho que se fizerem mais propagandas do Brasil e da Embraer, há de se produzirem muitos hangares.

Edit./J.Coutinho





Edit./J.Coutinho

Compartilhar

Sobre o Autor

admin

(0) Comentários

Comments are closed.