” mettre de l’argent dans le tronc ” ” Pôr o dinheiro na caixa de esmolas “
Bosa de Beneficência para Tronco de Solidariedade
“Tronco de Beneficência; Bolsa de Beneficência; Saco de Beneficência ou Tronco de Solidariedade, não importa como é chamado desde que a Ritualística na circulação de coleta dos metais seja respeitada para que o seu conteúdo receba toda energia mística ali depositado pelos Obreiros.”
(Por/J.Coutinho)
A explicação que se dá aos Obreiros é que o “Tronco de Solidariedade” arrecada óbulos, denominado metais, que serão distribuídos depois aos necessitados Irmãos Iniciados ou não.
Um irmão aflito, porém não está em condições psicologísticas para expor o seu problema que é passageiro, e vai participar dos Trabalhos de sua Loja para ver se acha alguma solução.
Eis que chega a hora da circulação da Bolsa de Beneficência, “e então; ele acaba de achar uma saída” uma saída momentânea para a sua necessidade.
Na próxima sessão ele estará em condições, de secretamente além do seu óbulo de costume, reforçar a bolsa para socorrer aqueles que estiverem necessitando de uma ajuda momentâneo; igualmente o que se passou com o Obreiro agora em condições.
O obreiro segura seu óbolo na mão e a fecha, coloca-a dentro da bolsa de onde abre e solta sua doação, deposita para si mesmo, soltam-se os fluídos da ponta de seus dedos, energizando o conteúdo da bolsa, fecha a mão e a retira fechada.
” QUEM TEM POE, QUEM NÃO EM TIRA “
Ao retirar a mão fechada significa que assim como ele pode colocar o que lhe ditar o coração, também poderá tirar quando necessidades o afligirem.
Daí deduzindo que os necessitados a serem socorridos em primeira instância são os próprios irmãos do quadro, “quem tem põe quem não tem tira”, há diversos irmãos que desconhecem esse procedimento; alguns chegam a zombar dessa parte da liturgia quando é lhe explicado. e até fazem piadas.
Existem relatos que creditam a origem deste procedimento como remanescente ao tempo em foi construído o templo de Salomão, onde ferramentas, projetos, documentos e pagamento dos obreiros eram colocados dentro das colunas do templo, que eram ocas exatamente para esta finalidade.
O pagamento de companheiros e aprendizes origina-se da tradição de retirar do interior do tronco das colunas o salário a que faziam jus.
Mas a origem mais convincente e lógica é francesa, pois naquela língua a palavra “tronc” pode ser usada tanto para tronco humano como para caixa de esmolas.
Guarda-se apenas a simbologia deste procedimento, em verdade as colunas B e J dos Templos atuais são meras figuras simbólicas mesmo sendo ocas, apenas para ficarem mais leves e não existe nenhum cofre dentro delas.
A circulação ritualística da bolsa de Beneficência, em alguns Ritos obedecem ao formato de duas estrelas de seis pontas, que por sua vez são compostas cada uma por dois triângulos um dentro do outro, em posição invertida.
A marcha inicia no ocidente, entre colunas, em direção ao oriente. O irmão Hospitaleiro coloca a bolsa na cintura, ou conforme o seu Ritual orienta sempre do lado esquerdo do corpo e inicia a marcha. Sem olhar para o que é depositado na bolsa vai passando por todos os obreiros em loja.
O Venerável mestre, Primeiro Vigilante e Segundo Vigilante definem o primeiro triângulo; Orador, Secretário e Guarda do Templo definem o segundo triângulo, o que resulta na primeira estrela; etc.
E por fim, o Cobridor Externo segura a bolsa, e o próprio Hospitaleiro deposita seu óbolo na bolsa, retoma abolsa, lacra-a e conclui o giro postando-se entre colunas.
Comunica ao venerável mestre que a tarefa está cumprida e recebe instruções do que deve fazer em seguida.
Normalmente o Hospitaleiro leva a bolsa lacrada até o altar do tesoureiro e ambos conferem o valor coletado.
Em seguida o tesoureiro comunica ao venerável mestre o valor arrecadado. Durante a circulação da bolsa nenhum irmão pode adentrar ou sair do templo.
Normalmente é momento em que os obreiros aproveitam para recolhimento espiritual ou relaxamento, pois o ato de doar é tido como místico, é o sacrifício da oferenda que se faz como culto ao conceito do Grande Arquiteto do Universo de cada um.
Para tornar o momento mágico o mestre de harmonia baixa a intensidade das luzes e executa músicas suaves. É uma parte do ritual que se não executado é considerado como se aquela sessão não foi válida, à exceção das Sessões Especiais.
O irmão que não consegue pagar suas contas tem direito ao uso destes recursos? Não! Isto não é situação válida para obter recurso deste fundo.
O obreiro teve sua casa queimada, ou uma doença grave que se abateu de forma inesperada; nesse caso está passível de ajuda com recursos do Tronco de Beneficência.
E esta ajuda é feita muitas vezes de tal maneira que o beneficiado sequer sabe de onde vem o recurso, é feita também de tal forma que não humilhe aquele necessitado.
O objetivo é Somente de amenizar o sofrimento de quem realmente necessita.
É por isso que o Tronco também é conhecido como “tronco da viúva”, onde os filhos da viúva são os maçons.
Quando os fundos do tronco dos pobres ou da viúva atingem valor razoável, parte dele é destinado para obras de beneficência.
Nunca é totalmente gasto, sempre fica um fundo para a eventualidade de haver necessidade de socorrer algum irmão em real necessidade emergencial.
Não colaborar com o ato litúrgico do tronco de solidariedade é o mesmo que fugir da prática da caridade e torna o maçom indigno de exercer todos os demais privilégios maçônicos.
E se possuir posses que lhe permitam fazê-lo, e não o faz, torna-se desonesto para consigo mesmo, pois poderá ser ele próprio o beneficiário daquele óbolo que coloca na bolsa.
Se não colabora por vaidade ou avareza o seu caráter não é bom, ele deve desconfiar que tenha algo errado consigo mesmo.
Dar esmola não significa mixaria, ninharia, insignificância; é melhor que não coloque nada e arque com as consequências que sua consciência lhe exigir.
É pela beneficência que o verdadeiro maçom se torna digno na procura de alcançar a glória de merecer de parte daquilo que ele considera o Grande Arquiteto do Universo, o seu Deus.
Bibliografia:
1. ASLAN, Nicola, Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia, Volume I, ISBN 85-7252-158-5, segunda edição, Editora Maçônica a Trolha Ltda., 1270 páginas, Londrina, 2003;
2. CAMINO, Rizzardo da, Dicionário Maçônico, ISBN 85-7374-251-8, primeira edição, Madras Editora Ltda., 413 páginas, São Paulo, 2001;
3. CASTELLANI, José, Dicionário Etimológico Maçônico, A-B-C, Coleção Biblioteca do Maçom, ISBN 85-7252-169-0, segunda edição, Editora Maçônica a Trolha Ltda., 143 páginas, Londrina, 2003;
4. FIGUEIREDO, Joaquim Gervásio de, Dicionário de Maçonaria, Seus Mistérios, seus Ritos, sua Filosofia, sua História, quarta edição, Editora Pensamento Cultrix Ltda., 550 páginas, São Paulo, 1989;
J.Coutinho::.
Por/J.Coutinho
Relacionadas
São João de Jerusalém o Esmoler
janeiro 11, 2024Tiradentes morreu em Paris?
janeiro 11, 2024Hipócrates e a “Receita de Saúde”
junho 25, 2020Simón Bolívar juramento de heroi
junho 25, 2020Adonhiramita – o mais próximo do ideal
novembro 03, 2018Um quinto para abolição propõe, a Maçonaria.
maio 09, 2018Hoje há sessão, a sua presença é importante!
abril 18, 2018Os Antigos Landmarks da Ordem
junho 21, 2017Tiradentes maçom não Iniciado.
abril 25, 2017The White House – A Casa Branca.
março 10, 2017Compartilhar
Sobre o Autor
(0) Comentários