Educação Slideshow — 13 julho 2013

A preferencia por filhos do sexo masculino

(Por/ Yi Chan)

26 milhões de homens procuram por uma parceira

Entre as histórias dramáticas das meninas que não nasceram e a população masculina, há um fato que dificilmente deixará que a população feminina chinesa fique em equilíbrio com a masculina.

O motivo é claro; com a crença de que só um filho homem através do sobrenome pode levar a alma do pai ao paraíso eterno, todo pai há de querer um filho varão; o filho que é a ideia ou conceito, que a nobreza e a genealogia tem, da representação de uma determinada pessoa, seu antepassado através da sequência, ao longo de gerações, sempre através do filho masculino da família, até que a natureza queira interromper essa sequencia com a infertilidade do pai.

A preferencia por filhos do sexo masculino, atualmente, é fácil de se conseguir concluir a escolha, desde que o ultrassom foi popularizado, o sexo do bebê ficou fácil de ser escolhido: Um bom motivo para minimizar o sofrimento dos pais, e um ótimo motivo para diminuir os crimes contra as menias recém-nascidas.

As sobreviventes (desde que ultrapasse a cota estipulada pelo governo), vivem sem nome, e sem documento, por fim, sem futuro, sem a proteção do estado; porém se o chinês for rico, não há limites para sua prole, haja

Eu quero uma Irmã…

meninas e meninos;”nesse ponto o dinheiro traz felicidade”.

Com isso, há um desequilíbrio entre a população masc/fem. que a falta de mulheres disponíveis para formar uma família  ultrapassa os 26 milhões; é essa a quantidade de homens na idade apropriada para contrair matrimônio, e não encontram parceiras, o negócio é ficar  ocidentalizando-se “nas baladas”, até que encontrem a cara metade.

Não é uma contradição? Os homens precisam se casar, mas não querem ter filhas, para não interromper a sequência do sobrenome:

Imaginem um casal que só tiveram filhas; ficam na torcida para que as filhas tenham ao menos dois  filhos homens, e assim, ponha o sobrenome do avô por parte da mãe em um dos filhos, pois, o(s) outro(s) continuam naturalmente como do pai, e toda a família se beneficiam dos filhos homens e a dinastia continua.

É melhor que um filho homem lidere a cerimônia da queima de incenso na cerimônia in memoriam ao pai.

Dessa maneira fica limitado a quantidade de mulheres nascidas na pátria China; aqueles que tiverem sorte, constituirão uma família  somente o suficiente para que os homens (pais) mortos possam repousar em paz no paraíso.

Isso para os ocidentais é um tanto estranho; os ocidentais entendem que independente do sexo, cor da pele, do credo e do  poder aquisitivo, todos esperam uma vida eterna no paraíso, não só as almas dos homens que procriaram filhos homens, mas, muito mais das mulheres que têm outras responsabilidades com os bebês…

a falta de mulheres disponíveis para formar uma família ultrapassa os 26 milhões…

Com essa discriminação e preconceito absurdo com as mulheres, não só da China mas também em outras nações asiáticas, há uma quantidade de aborto incalculável para que se evite o nascimento de meninas; porém as que vierem ao mundo sem autorização do estado e os pais não puderem pagar a multa,  ficam  clandestinamente sem nome, sem identidade, chamadas de:  as que não nasceram.

É esse um dos motivos que a população da China não é aquela que temos nas estatísticas oficiais: fazendo uma suposição simples , 5 milhões é a média de abortos feita na China a cada ano (conf. a International Planned Parenthood Federation), imaginem que haja 100 mil meninas sobreviventes a cada ano; dessa forma dá para crer que a população chinesa já passou de 1,6 bilhão de almas.

Yi Chan

 

 

 

 

 

Edit./Yi Chan



Yi Chan

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