Justiça Polícia — 23 março 2013

Boris Berezovsky é encontrado morto em Londres, neste sábado, no banheiro do seu apartamento.

Além do futebol, Berezovsky queria participar das atividades de diversos setores da indústria nacional.

Boris Berezovski, um dos homens mais ricos do mundo, que estava exilado em Londres morreu aos 67 anos, a informação veio do seu porta-voz  neste sábado , sem dar maiores detalhes. “Sim, morreu, esta tarde, conforme me confirmou seu advogado“, afirmou, por telefone, o porta-voz de Berezovski à AFP.

Segundo a imprensa britânica, o empresário teria sido encontrado morto em sua casa, no Surrey. Eminência parda do Kremlin nos tempos de Boris Yeltsin, Boris Berezovski caiu em desgraça com a chegada ao poder de Vladimir Putin e obteve o status de refugiado político na Grã-Bretanha em 2003.

Não há nenhuma informação mais clara sobre a causa da morte de Boris, apenas que  foi encontrado morto no banheiro do seu apartamento, em Londres, na Inglaterra. Um dos homens mais ricos do mundo, Boris Berezovsky é apontado como um dos cabeças da parceria entre a MSI e o Corinthians, que é investigada pela Justiça brasileira.

Em várias ocasiões, Moscou pediu a Londres, a extradição mas nunca obteve êxito;  empresário é acusado na Rússia de ter tentado organizar um golpe de Estado.

Berezovski era alvo de inúmeras investigações na Rússia. A última, data de maio do ano passado, depois que ofereceu uma alta recompensa para quem conseguisse  “deter o perigoso criminoso Putin”.

Com o Corinthians apenas uma diversão  “diversão de US$ 32 Milhões  com isso o Corinthians passou a ser investigado devido às grandes quantias de dinheiro envolvendo o clube.

Apesar de representar a MSI e o próprio clube, o iraniano Kia não passava de um fantoche. Quem estava por trás de tudo era o bilionário Boris Berezovsky, chefe da máfia russa. Procurado pela Interpol, organização policial internacional, Berezovsky tinha uma rede de tráfico de armas no Irá, cujo sócio era justamente o pai de Kia.                 Entre outras acusações está a lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, associação ilícita, fraude comercial e fraude bancária.

Em depoimento à Polícia Federal, Boris Berezovsky afirmou que o Corinthians era apenas uma diversão, na qual ele investiu US$ 32 milhões. O objetivo era montar um império como o que ele montou na extinta União Soviética. Matemático de sucesso, Boris largou tudo para ser dono de uma revendedora de automóveis, protegido pela máfia. Inteligente, tornou-se maior que os mafiosos e passou a tratar diretamente com o governo, sendo o homem mais rico do país e dono de 20 grandes empresas.

O poderoso chefão do Kremlin foi o título que o jornalista norte-americano Paul Klebnikov deu ao seu livro, no qual revela como Boris Berezovsky virou a importante figura que é hoje. Pelo caminho, o mafioso teria sido o responsável pela morte de Vladislav Listyev, apresentador de TV e crítico do Estado russo, ocorrida em 1995. O livro não passou despercebido. Em julho de 2004, Klebnikov foi assassinado enquanto caminhava em Moscou.

A sorte de Boris Berezovsky mudou com a entrada de Vladimir Putin no poder. Ex-agente da KGB, antigo serviço secreto russo,

Putin – sempre presidente

Putin julgou o chefão da máfia poderoso demais, e passou a perseguir o bilionário, obrigando-o a pedir asilo político na Inglaterra. Quem também sofreu com a perseguição foi Roman Abramovich, empresário do ramo petrolífero, que construiu seu império de forma polêmica no final da URSS e que também tem ligações com Berezovsky.

A corrupção na Russia não para de crescer; era essa a noticia veiculada em junho de 2008.   O Comité de Investigação, vai tomar decisões, sem dó, nem piedade, com vista a julgar os criminosos de qualquer nível. Para nós, a medida não é a altura do gabinete de serviço ou o volume da carteira do homem de negócios, mas exclusivamente a questão de se existe ou não indícios de crime nas suas ações, ameaçou.
Bastrikin mostrou-se surpreendido com a atitude dos réus em casos de corrupção em relação aos meios orçamentais.
“Vejam como alguns réus olham para grandes quantias do Orçamento: um bilhão para a direita, um bilhão para a esquerda, para o seu bolso, para zonas off-shore”, declarou.
“Isso não tem nada de extraordinário: nas casas das pessoas que ganham salários baixos, durante as buscas, são encontrados centenas de milhares, ou até milhões de dólares ou euros, é claro que estão habituadas a viver à grande: ter grandes propriedades, grandes negócios em nome de outras pessoas”, acrescentou.
De acordo com Bastrikin, “quando são chamados à responsabilidade, tentam tornar culpado aqueles que cumprem honestamente o seu dever profissional: os investigadores e seus dirigentes”.
O dirigente do Comité de Investigação reconheceu que também nesse órgão policial há “corruptos” e “traidores”.
“O Comité de Investigação abriu quase 450 processos crime contra funcionários públicos e mais de 1600 contra agentes dos órgãos de segurança”, disse.
Estas declarações ocorrem no momento em que o novo Presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, desencadeou mais uma campanha contra a corrupção no país.

O Fiel

O antecessor no cargo, Vladimir Putin, colocou o combate à corrupção como um dos objectivo da sua política mas, a julgar pelos números, sem grandes resultados.
Esperemos que esta nova campanha não conduza a mais um surto de corrupção.
Vem à memória a luta de Putin contra os oligarcas. Quando chegou ao poder em 2000, havia sete oligarcas, hoje há 78 multimilionários legais? E se a estes se juntarem os novos ricos clandestinos?

O Primeiro-Ministro russo, Dmitri Medvedev, sugeriu a jornalistas europeus que o sucesso da democracia na Rússia só poderá ser avaliado dentro de cem anos a partir de agora. Em uma entrevista coletiva, na quarta-feira, dia  20 março de 2013, em que se discutiu principalmente a crise financeira no Chipre.

 

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( Pois, se não há democracia, há corrupção; e é exatamente do tamanho inverso. )

Edit./ J.Coutinho

 

Edit./J.Coutinho

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